A desaceleração da inflação foi puxada pela melhora da confiança dos agentes econômicos

Rodolfo Costa – Correio Braziliense

postado em 07/02/2018 20:30

O corte de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic) foi comemorada pelo presidente Michel Temer. Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a taxa referencial do sistema financeiro recuou de 7% para 6,75%. Para o peemedebista, a deliberação da autoridade monetária é a demonstração de um “dever de casa” bem feito.

“Isso é motivo de comemorar”, declarou Temer em uma rede social. “O governo fez o dever de casa e criou as condições para o BC cortar os juros”, disse. A conjuntura ressaltada pelo peemedebista refere-se ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou 2017 em 2,95%, abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%.

A desaceleração da inflação foi puxada pela melhora da confiança dos agentes econômicos, que remarcaram menos intensamente os preços ao longo do ano. Mas, sobretudo, pelo arrefecimento dos custos com alimentos e bebidas, que registraram, em média, queda de preços em 2017.

O corte da Selic pelo BC reforça um cenário importante para a economia. Por ser a taxa referencial do sistema financeiro, um movimento de queda gera, a médio prazo, reflexos nos créditos oferecidos a famílias e empresas. Para Temer, isso será fundamental no processo de retomada da atividade econômica em 2018. “Para o país, é um incentivo para mais investimentos. Um incentivo à geração de empregos”, disse.