Pela proposta, aumento de 3,5% começaria a valer a partir de 10 de junho

Folha de São Paulo

26.mai.2018 às 2h00

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) encaminhou na quinta-feira (24) à Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) um pedido de reconsideração da 2ª Revisão Tarifária Ordinária, que estipulou aumento de 3,5% na conta de água a partir de 10 de junho.

Junto a essa solicitação, a companhia também fez um pedido de esclarecimentos e revisão à agência reguladora, que é responsável por definir os percentuais de reajuste nas contas de água e esgoto.

O pedido da Sabesp à Arsesp foi feito em duas partes. Uma é um recurso administrativo dirigido ao presidente da agência, pedindo a revisão da decisão regulatória “a fim de que seja aplicado o devido ajuste compensatório na receita, considerando fatores como custo de energia elétrica e investimentos feitos”.

Já o pedido de esclarecimentos e revisão pede que a Arsesp apresente os motivos que levaram a “significativa redução nas projeções finais dos custos operacionais para o período entre 2017 e 2020”.

Após realizar consulta e audiência públicas, a Arsesp mudou alguns parâmetros de cálculo para os reajustes a serem aplicados no período. Com menor cobertura dos custos operacionais, o percentual final estipulado foi de 3,5%, abaixo dos 4,7% calculados inicialmente pela própria agência reguladora. Estudo da Sabesp projetava índice de 5,45% para a inflação do mesmo período.

A Sabesp também precisa lidar com a atual escassez de chuvas, que faz com que o Sistema Cantareira opere num nível inferior ao dos dias que precederam a crise de abastecimento hídrico, cinco anos atrás.

O principal manancial da Grande SP operava na sexta com 47,2% de sua capacidade —em 2013, pouco antes da crise, o índice era de 61,5%.