Senhor Presidente,

Segue para conhecimento e análise o “Relatório Executivo do Saneamento” desta semana (12/06), produzido pela GO ASSOCIADOS, como  parte integrante do contrato existente. O Relatório será enviado semanalmente.

 

 

Prezado (a) presidente,

A pesquisa de intenções de voto para presidente, divulgada ontem pelo Datafolha, indica pouca alteração em relação ao cenário anterior. No levantamento que inclui Lula, preso há dois meses em Curitiba, o ex-presidente (PT) lidera, com 30% das intenções de voto. Nos cenários sem Lula, mais de um terço do eleitorado ainda diz que está sem opção de voto. Nesse caso, Bolsonaro lidera, com 19%; seguido de Marina Silva, com 15%; Ciro Gomes, com 10%, Alckmin (7%) e Álvaro Dias (4%). Os três primeiros colocados são todos contrários a pelo menos uma das propostas emblemáticas do atual governo.

O percentual das intenções de voto dos candidatos que defendem a agenda reformista não atinge 50%. A reforma trabalhista é apoiada por candidatos que, somados, tem 41% das intenções; a reforma previdenciária, 36%; o teto de gastos para o Estado, 26%; e a privatização da Eletrobrás, 26%.

A consequência é a contínua apreensão sobre o futuro da política econômica, algo que se manifesta na queda da Bolsa e a pressão sobre o preço do dólar. A Pesquisa Focus do Banco Central, divulgada hoje, está em linha com esse cenário. A previsão do PIB caiu para 1,94%; a projeção da inflação subiu 0,17 ponto percentual, para 3,82%.

Apesar desse desempenho desfavorável, surgem iniciativas importantes para um novo ciclo de crescimento em diferentes regiões do país. Neste Relatório Executivo, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), destaca a importância das parcerias público-privadas (PPPs) para viabilizar obras necessárias ao Estado.

A economia começa a refletir a paralisação da atividade em função da greve dos caminhoneiros. Os números divulgados da produção de veículos no mês passado são negativos, enquanto a inflação ao consumidor mostrou aceleração, com a falta de produtos diante do desabastecimento causado com os bloqueios nas estradas. Projeção ainda preliminar da GO Associadosaponta que o setor industrial deve recuar 4% em maio.

Além dos reflexos da greve, as incertezas em relação às eleições presidenciais, a expectativa de novas altas de juros nos Estados Unidos, com a reunião do Fomc nesta semana, e a forte desvalorização do real, que obrigaram o Banco Central a atuar fortemente no mercado financeiro, podem paralisar ainda mais a economia nos próximos meses.

 
Um abraço,

Gesner

Anexos