Por Vandson Lima – Valor Econômico

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou ontem o relatório do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) que reestima a receita orçamentária para o próximo ano. O relator elevou a projeção de receita primária bruta para o próximo ano em R$ 5,6 bilhões. A receita líquida subiu em R$ 4,9 bilhões.

Como não é mais possível deslocar essas receitas para outros fins, como investimentos, por conta do teto de gastos vigente, o montante será utilizado para diminuir a previsão do déficit primário da União para o ano que vem, passando de R$ 159 bilhões para R$ 154,1 bilhões. Relator-geral do Orçamento, o deputado Cacá Leão (PP-BA) afirmou que acatará a mudança na peça orçamentária prevista por Ataídes.

A perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também foi elevada, dos 2% na versão enviada pelo governo, para 2,5%. O senador, contudo, disse que está bastante otimista com o cenário econômico e que acredita que o crescimento pode ultrapassar os 3%. “Minha expectativa é que pelo menos dois milhões de empregos sejam gerados em 2018. Com isso, haverá também um acréscimo importante na arrecadação”, avaliou.

Por consequência, o relator revisou a previsão de massa salarial para 2018, outro indicador que afeta as receitas. O parecer projeta um pequeno crescimento, de 6,18%, contra 6,15% previstos pelo governo. Com o novo percentual, a arrecadação líquida do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) subiria R$ 1,9 bilhão.

No total, a estimativa das receitas primárias para 2018 sobe de R$ 1,456 trilhão para R$ 1,462 trilhão.