Filiado ao PSC, Paulo Rabello de Castro informou ao presidente da República que pretende se ‘engajar politicamente’ na campanha eleitoral deste ano. Ele informou na carta que deixará o posto no dia 31.

Por Guilherme Mazui e Roniara Castilhos, G1 e TV Globo, Brasília

27/03/2018 18h34

assessoria do Palácio do Planalto informou que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, entregou nesta terça-feira (27) ao presidente Michel Temer carta de demissão na qual informa que deixará o cargo no próximo dia 31.

Paulo Rabello de Castro afirmou que o motivo da demissão é a intenção de disputar a eleição deste ano. De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, o nome do substituto ainda não está definido. Nesta terça, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, também anunciou que deixará o governo.

“O calendário eleitoral exige me desligar de sua valorosa equipe em 31 de março próximo. Penso me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento e apoio”, afirmou Castro na carta.

Ele é cotado para disputar a Presidência da República pelo PSC, partido ao qual é filiado desde outubro do ano passado.

Além do BNDES, o economista Paulo Rabello de Castro também presidiu o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante o governo Temer.

“Com persistente admiração e alinhamento reafirmado, me despeço por uns tempos – quem sabe – até que, juntos, possamos de novo lutar e empreender em benefício do país e dos nossos irmãos brasileiros”, afirmou Castro na carta.

Paulo Rabello de Castro foi anunciado como presidente do BNDES em maio de 2017, após a saída Maria Sílvia Bastos, que pediu demissão na oportunidade. Economista, ele comandou o IBGE desde junho de 2016 até assumir o BNDES.

Carioca, formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ele tem doutorado em economia pela Universidade de Chicago (EUA).

No mês passado, Paulo Rabello de Castro foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que apura a atuação de uma organização criminosa especializada no desvio de recursos do Postalis (Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos), fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Castro é fundador de uma empresa de classificação de risco que prestou serviços aos Correios. A empresa nega ter cometido irregularidades.