Ilan Goldfajn participou de evento do FMI em Washington

Estelita Hass Carazzai – Folha de São Paulo

18.abr.2018 às 18h16

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, voltou a afirmar nesta quarta-feira (18) que não pretende mexer nas metas de inflação —apesar de as taxas estarem abaixo do esperado.

“Quando nós olhamos para o médio prazo, em 2019, 2020, as previsões estão na meta”, afirmou Goldfajn, durante um painel sobre inflação no FMI (Fundo Monetário Internacional), em Washington. “Então, precisamos levar isso em consideração.”

Atualmente, a meta da inflação para o ano é de 4,5%. Nos últimos 12 meses, porém, a taxa não passou de 2,68%, de acordo com o último IPCA. Foi o nono mês consecutivo em que ela ficou abaixo de 3%.

O presidente do BC reconheceu o desafio, mas afirmou que é possível administrar expectativas e guiar o mercado, seguindo o que já foi feito em ocasiões passadas no Brasil. Como exemplo, ele citou o ocorrido em 2016, quando a inflação chegou a 10,7% em meio a uma recessão econômica —e, um ano depois, voltou à meta.

“Essas foram as decisões mais importantes: não mudar as metas e ancorar as expectativas”, disse ele.

Para Goldfajn, o Brasil é “um exemplo de sucesso” na administração das metas de inflação.