Rubem Novaes foi indicado para o cargo por Paulo Guedes e esteve no gabinete de transição nesta quinta (22). Segundo ele, não haverá privatização ‘total’, somente de ‘braços’ do banco.

Por Yvna Sousa, TV Globo — Brasília

22/11/2018 20h08 

O economista Rubem Novaes, indicado para a presidência da Banco do Brasil, afirmou nesta quinta-feira (22) que a orientação é privatizar “o que for possível”.

Novaes foi indicado para o cargo pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e esteve no local onde funciona o gabinete de transição, em Brasília.

Segundo ele, não haverá privatização “total” do Banco do Brasil, mas, sim, de “braços” do banco.

“A orientação é eficiência, enxugamento e privatização do que for possível”, afirmou.

“[Privatização] total, não. No caso do Banco do Brasil, até agora, não há nenhuma decisão de privatizar”, acrescentou o economista.

Atualmente, o Banco do Brasil tem subsidiárias que atuam em setores como seguros, administração de cartões, investimentos e participações.

Segundo Rubem Novaes, a ideia é tornar o banco mais competitivo e de maneira “enxuta”.

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Ipea

Indicado para a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o economista Carlos von Doellinger também esteve no gabinete de transição nesta quinta-feira e, ao deixar o local, disse que Paulo Guedes pediu a ele mais “protagonismo” para a instituição.

“É uma assessoria poderosa que ele quer usar focada na avaliação de políticas públicas, na parte fiscal, de contas públicas. […] A ideia é usar o Ipea exatamente como um apoio forte no Ministério da Economia”, afirmou.

Na avaliação de Von Doellinger, o instituto ficou “meio marginalizado” nos últimos anos. O economista afirmou que a instituição terá papel mais propositivo no novo governo.