Segundo a estatal, 24 dos 32 sindicatos decidiram encerrar a paralisação, e 91% do efetivo total trabalhou normalmente nesta terça-feira (13).

Por G1

13/03/2018 19h41

A greve dos funcionários dos Correios foi encerrada na maior parte do país, segundo comunicado divulgado na noite desta terça-feira (13) pela estatal.

Segundo os Correios, até as 18h, 24 dos 32 sindicatos de trabalhadores que haviam aderido à paralisação iniciada na noite de domingo (11) decidiram encerrar o movimento. Outros 4 sindicatos não paralisaram as atividades. “Hoje 96,5 mil empregados (o equivalente a 91% do efetivo total dos Correios) trabalharam normalmente”, informou a aestatal.

A empresa informou ainda que na tarde desta terça-feira o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a manutenção de efetivo mínimo de 80% dos trabalhadores em cada unidade, enquanto durar a greve.

Em comunicado, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) disse que orientou pela volta ao trabalho nesta quarta-feira (14), mantendo o estado de greve.

Segundo a Fentect, as medidas adotadas pela direção da estatal demonstram a “intenção clara de privatizar” os Correios. “Toda a postura da gestão da estatal demonstra a incompetência administrativa, na tentativa de acabar com o caráter social da empresa, buscando a sustentabilidade com base apenas no lucro. Enquanto isso, estão precarizando os Correios, sem investir em mais empregos, promovendo demissões incentivadas e sobrecarregando quem se encontra na ativa”, diz a nota.

TST autoriza Correios a cobrar mensalidade de plano de saúde

Na véspera, o TST decidiu autorizar a cobrança de mensalidade dos funcionários da estatal e de seus dependentes. Pela decisão, o valor da mensalidade dependerá da renda do trabalhador.

Segundo a estatal, os custos do plano de saúde dos trabalhadores representam 10% do faturamento dos Correios, ou uma despesa da ordem de R$ 1,8 bilhão ao ano.