Eduardo Rodrigues e Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo

28 Setembro 2017 | 15h16

O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, representa melhor desempenho que o registrado no mesmo mês do ano passado

BRASÍLIA – O governo central registrou um déficit primário de R$ 9,599 bilhões em agosto, melhor desempenho que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo negativo foi de R$ 20,302 bilhões. O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, também foi menor que o déficit de R$ 20,152 bilhões de julho deste ano.

O resultado de agosto ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um déficit de R$ 15,600 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast  com 27 instituições financeiras. O dado do mês passado, no entanto, ficou dentro do intervalo das estimativas, que foram de déficit de R$ 20,270 bilhões a R$ 7,000 bilhões.

Rombo

Novamente no vermelho em agosto, contas públicas seguem com pior déficit anual da história.

Entre janeiro e agosto deste ano, o resultado primário foi de déficit de R$ 85,805 bilhões, o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 75,995 bilhões.

Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 172,8 bilhões – equivalente a 2,64% do PIB. Para este ano, a nova meta fiscal admite um déficit de até R$ 159 bilhões nas contas do governo central.

Receitas – O resultado de agosto representa alta real de 17,7% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram alta real de 4,1%. No ano até agosto, as receitas do governo central subiram 0,7% ante igual período de 2016, enquanto as despesas aumentaram 0,3% na mesma base de comparação.