Por Gabriel Luiz, G1 DF

09/10/2017 07h48

Ela trata atualmente 300 litros por segundo e meta é atingir 700 litros por segundo até dezembro. Presidente da Caesb disse que, dependendo da chuva, racionamento pode continuar em 2018.

Estrutura em obra de captação emergencial no Lago Paranoá (Foto: Caesb/Divulgação)

A estação de captação emergencial do Lago Paranoá deve levar ainda cerca de 40 dias para funcionar a “pleno vapor”, informou ao G1 nesta segunda-feira (9) o presidente da Caesb, Maurício Luduvice. Atualmente, ela trabalha tratando 300 litros por segundo. A previsão é de que atinja o máximo, de 700 litros por segundo, em dezembro.

“A gente está fazendo os últimos ajustes, seguindo o protocolo”, afirmou. “Com uma estação deste tamanho, não se pode começar já em plena carga. A gente se preocupa com a qualidade da água e a confiabilidade do sistema, garantido que possa trabalhar 24 horas por dia e ainda distribuir.”

De acordo com Luduvice, antes de a estação passar a operar com 700 litros por segundo, será testado um nível intermediário, de 450 litros por segundo. Segundo ele, a água que sai do lago está sendo levada para as regiões do Lago Norte, Paranoá, Itapoã e Taquari.

A obra foi inaugurada em 2 de outubro. Ela custou aos cofres públicos R$ 42 milhões. O projeto foi financiado com verba do Ministério da Integração Nacional.

Imagem aérea mostra estrutura que vai captar água do Lago Paranoá (Foto: Caesb/Divulgação)

De olho em 2018

O presidente da Caesb não deu prazo para o fim do racionamento e declarou que a companhia está de olho no nível das chuvas. Na análise dele, o DF precisa encerrar o período de chuva do ano que vem com folga para garantir abastecimento na próxima seca.

“Esse ano, a seca começou quando o Descoberto estava em 56%. Isso sem as obras de captação que temos hoje. No ano que vem, tem que ser acima desse nível, mas temos as obras”, afirmou.

Ele disse ainda que se a seca começar com os reservatórios em 80%, o risco de racionamento é menor. O presidente da Caesb, no entanto, não quis estabelecer uma garantia de que a restrição não será implantada de novo no ano que vem. “Se for necessário, o rodízio continua.”

Em entrevista no dia 10 de agosto, o governador Rodrigo Rollemberg havia dito que o racionamento terminaria no começo de 2018.