Por Edna Simão – Valor Econômico

03/12/2018 – 05:00

De janeiro a outubro deste ano, as despesas do governo com os subsídios nos empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) somaram R$ 6,653 bilhões, segundo o 5º boletim bimestral sobre subvenções divulgado na sexta-feira pelo Tesouro Nacional. Em todo o ano de 2017, os subsídios somara R$ 23,546 bilhões. Os valores estão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro.

Apesar de a despesa estar caindo, em 10 anos ela já custou aos cofres públicos R$ 251,346 bilhões, dos quais R$ 179,380 bilhões se referem a subsídios concedidos em empréstimos do BNDES e R$ 71,965 bilhões a subsídios financeiros, como os do PSI. Mas esse gasto ainda deve se expandir ao longo do tempo.

Até 2060, o governo ainda deve desembolsar quase R$ 90 bilhões, sendo R$ 80,9 bilhões para custear subsídios creditícios e o restante os subsídios financeiros, conforme valores trazidos a valor presente pelo Tesouro Nacional.

“Os subsídios financeiros projetados alcançam R$ 9,2 bilhões e os subsídios creditícios alcançam R$ 80,9 bilhões, a valor presente. Quanto aos subsídios financeiros, que decorrem unicamente do PSI, os financiamentos no âmbito deste programa já finalizaram e estão sendo amortizados ao longo do tempo, de modo que as subvenções são calculadas sobre saldo devedor que vem gradativamente se reduzindo”, informa o Tesouro.

Apesar desses gastos com subsídios serem considerados elevados pela equipe econômica, os desembolsos caíram relação em relação ao estimado no mesmo período de 2017. “Ao se comparar o valor dos subsídios financeiros e creditícios realizados até o 5º Bimestre de 2018 com os do mesmo período de 2017 (disponível no Boletim do 5º Bimestre de 2017), observa-se redução significativa.”