Maeli Prado – Folha de São Paulo

23/01/2018  19h32

O conselho de administração da Caixa descartou, nesta terça-feira (23), uma eventual capitalização do banco com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

No início do mês, o presidente Michel Temer sancionou uma lei que possibilita a injeção de até R$ 15 bilhões no banco, o que na avaliação de analistas, teria como objetivo apenas elevar o crédito em ano eleitoral.

O banco informou nesta terça que o conselho aprovou a atualização do plano de contingência do banco, o que permitirá que o banco seja capitalizado para cumprir as regras regulatórias de Basileia 3 (acordo internacional que busca dar mais solidez ao sistema financeiro) em 2018 e 2019.

Isso ocorrerá, de acordo com a Caixa, através da recapitalização pelo Tesouro Nacional dos dividendos a serem pagos pelo banco, da emissão de dívida no mercado internacional e de venda de carteiras de crédito.

“Com a atualização do plano, a Caixa assegura o cumprimento do seu planejamento para 2018, incluindo o orçamento previsto para habitação popular, sem a necessidade da emissão de instrumento de dívida junto ao FGTS”, afirmou o banco em nota.

Aliados do governo vinham pressionando pela liberação de recursos do Fundo em ano de eleição, enquanto que membros da equipe econômica defendiam que esta não era necessária.