Por Rodrigo Polito – Valor Econômico

O BNDES prevê atingir desembolsos de R$ 13,3 bilhões para o setor de energia no Brasil neste ano. O valor representa crescimento de 44%, em relação ao total destinado a financiamentos no em 2016, mas apenas 17,3% do projetado pelo banco para 2017 (R$ 77 bilhões).

O salto em relação ao total de desembolso para o setor de energia em 2016, segundo Marcus Cardoso, gerente do departamento de Energia Elétrica do BNDES, será puxado principalmente por projetos de energias renováveis alternativas, com destaque para as eólicas.

De janeiro a setembro deste ano, os desembolsos do banco para o setor de energia alcançaram R$ 9 bilhões. Em termos de aprovações, no período, o total foi de R$ 11,7 bilhões, dos quais R$ 7 bilhões para empreendimentos de energia eólica e R$ 530 milhões para um projeto de energia solar fotovoltaica.

Segundo Cardoso, o setor de energia é um dos prioritários para o BNDES. “O setor é bem importante. São projetos que têm uma externalidade muito grande na economia”, afirmou ele a jornalistas, após participar de apresentação promovida pela EDF Energies Nouvelles, no Rio. A expectativa do banco é que 149 projetos de energia sejam contemplados com os desembolsos de R$ 13 bilhões.

Segundo Cardoso, o banco divulgará amanhã as condições de financiamentos para empreendimentos do leilão de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e dos leilões de energia A-4 e A-6, marcados para dezembro.

O leilão de transmissão está marcado para 15 de dezembro. O leilão A-4, que negociará contratos com início de fornecimento de energia em 2021, está previsto para 18 de dezembro. E em 20 de dezembro será realizado o leilão A-6, que negociará contratos com início de suprimento em 2023.

Com relação às condições de financiamento para os projetos de energias renováveis dos leilões A-4 e A-6, Cardoso disse que ainda não está definido se será por Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) ou pela nova TLP. Há algumas semanas, porém, a superintendente da área de energia do banco, Carla Primavera, contou que o financiamento para os projetos de energias renováveis dos dois leilões seria feita por meio da TJLP. Para o leilão de transmissão, o financiamento será a taxa de mercado.